Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca que a hiperprolactinemia, caracterizada pelo aumento anormal dos níveis de prolactina no sangue, é uma das causas mais relevantes de infertilidade, afetando tanto mulheres quanto homens. Esse distúrbio hormonal pode interferir nos ciclos menstruais, na ovulação, na produção de hormônios sexuais e até na libido, comprometendo as chances de uma gestação natural. Identificar suas causas e estabelecer o tratamento adequado são passos fundamentais para restabelecer a fertilidade e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Descubra as principais causas do aumento da prolactina
A prolactina é um hormônio produzido pela hipófise, essencial para o estímulo da lactação após o parto. Entretanto, em situações fora do período gestacional ou da amamentação, níveis elevados podem indicar problemas subjacentes. Entre as causas mais comuns estão os adenomas hipofisários, pequenos tumores benignos localizados na hipófise, que secretam prolactina em excesso. Em adição a isso, fatores como estresse crônico, hipotireoidismo, uso de certos medicamentos (como antidepressivos, antipsicóticos e antieméticos) e até estímulos mecânicos frequentes nos mamilos podem elevar os níveis desse hormônio.
Segundo Tosyn Lopes, muitas mulheres apresentam hiperprolactinemia sem sintomas evidentes, o que pode retardar o diagnóstico. Já nos homens, embora seja menos frequente, a condição pode levar à redução dos níveis de testosterona, impactando diretamente a fertilidade e o bem-estar sexual.
Impacto da hiperprolactinemia na fertilidade feminina
Em mulheres, a prolactina em excesso inibe a liberação dos hormônios luteinizante (LH) e folículo-estimulante (FSH), essenciais para a ovulação e o funcionamento regular do ciclo menstrual. Isso pode provocar ciclos irregulares, ausência de menstruação (amenorreia) e anovulação, dificultando significativamente a concepção. Também existem relatos de produção de leite fora do período de amamentação, condição conhecida como galactorreia.
Conforme explica Oluwatosin Tolulope Ajidahun, a hiperprolactinemia também pode interferir na qualidade do endométrio, comprometendo a receptividade uterina e a implantação do embrião. Por esse motivo, muitas mulheres descobrem o problema somente ao investigar dificuldades para engravidar ou após episódios de abortos espontâneos repetidos.

Efeitos da hiperprolactinemia na fertilidade masculina
Embora menos comum, a hiperprolactinemia também afeta os homens. O excesso de prolactina pode reduzir a produção de testosterona, provocando diminuição da libido, disfunção erétil e alterações na produção de espermatozoides. Em casos mais graves, pode haver queda significativa na concentração espermática, reduzindo as chances de gravidez, tanto de forma natural quanto em técnicas de reprodução assistida.
Tosyn Lopes observa que, muitas vezes, homens com hiperprolactinemia são diagnosticados apenas após a investigação de infertilidade do casal, pois os sintomas podem ser leves e atribuídos a outras causas, como estresse ou fatores psicológicos. Dessa forma, exames hormonais são fundamentais para identificar o problema e iniciar o tratamento adequado.
Diagnóstico e opções de tratamento
De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, o diagnóstico da hiperprolactinemia é feito por meio de exames laboratoriais que avaliam os níveis de prolactina no sangue. Em caso de valores elevados, pode ser necessário realizar exames complementares, como ressonância magnética da região hipofisária, para descartar a presença de adenomas. Além disso, é importante investigar outras causas possíveis, como hipotireoidismo ou uso de medicamentos que elevam a prolactina.
Tosyn Lopes comenta que o tratamento varia conforme a causa. Nos casos relacionados a tumores hipofisários, medicamentos agonistas dopaminérgicos, como cabergolina ou bromocriptina, costumam ser eficazes para reduzir a prolactina e diminuir o tamanho do adenoma. Quando o excesso hormonal está ligado ao uso de medicamentos, muitas vezes basta ajustar ou substituir a medicação. Já em situações decorrentes de hipotireoidismo, o tratamento da tireoide costuma normalizar os níveis de prolactina. A boa notícia é que, na maioria dos casos, a fertilidade pode ser restabelecida após o controle adequado do quadro.
Autor: Fred Kurtz
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