O cenário econômico internacional segue passando por transformações profundas, expõe Ademir Pereira de Andrade, e compreender essas mudanças é essencial para quem deseja tomar decisões estratégicas em 2026. A economia global vive um período de reestruturação marcado por avanços tecnológicos, tensões geopolíticas e mudanças no comportamento dos mercados.
À medida que as principais economias do mundo apertam ou flexibilizam suas políticas monetárias, países emergentes, como o Brasil, acabam absorvendo impactos significativos em áreas como inflação, câmbio, produtividade e investimentos. O desafio de 2026 está justamente em equilibrar riscos e oportunidades em um ambiente global ainda cheio de incertezas.
Se você busca se preparar para investir, empreender ou entender melhor os movimentos que influenciam diretamente o Brasil, acompanhar as tendências globais é o primeiro passo para um planejamento sólido e inteligente.
Tensões geopolíticas e seus reflexos no mercado brasileiro
As tensões geopolíticas seguem influenciando a economia mundial de forma direta. Conflitos territoriais, disputas tecnológicas e transições energéticas estão entre os maiores fatores de instabilidade internacional. Esses eventos afetam preços de commodities, logística global e níveis de confiança dos investidores.
Segundo Ademir Pereira de Andrade, quando há instabilidade geopolítica, o fluxo de capitais tende a redirecionar-se para ativos mais seguros, como dólar e títulos americanos. Isso gera pressão sobre moedas emergentes, inclusive o real. Em 2026, o Brasil continuará enfrentando oscilações no câmbio conforme o cenário externo se alterar.
Além disso, disputas entre grandes potências tecnológicas, como Estados Unidos e China, influenciam cadeias produtivas e impactam setores brasileiros que dependem de importações industriais e eletrônicas. Esse ambiente exige estratégias flexíveis e maior atenção às tendências de diversificação de fornecedores.
Política monetária global: juros e impactos na economia real
Um dos fatores mais importantes para 2026 é o comportamento das taxas de juros internacionais, visto que nos últimos anos, grandes bancos centrais elevaram juros para controlar a inflação pós-pandemia, criando um ambiente de crédito mais caro e reduzindo o apetite por risco.
A expectativa para 2026 é de um período de ajustes graduais. Países desenvolvidos podem iniciar ciclos de redução de juros, mas de forma cautelosa, avaliando cada impacto inflacionário. Qualquer mudança nesse sentido afeta diretamente o Brasil, especialmente na atração de investimentos e no comportamento do câmbio, explica Ademir Pereira de Andrade.
Quando os juros externos caem, países emergentes se tornam mais atrativos para investidores internacionais. Por outro lado, se houver nova pressão inflacionária nos países centrais, os juros podem subir novamente, o que desloca capitais para fora do Brasil e gera volatilidade. Esse comportamento impacta empresas, crédito imobiliário, financiamentos rurais e decisões de consumo, exigindo planejamento cuidadoso.

Cadeias logísticas, custos de produção e exportações
O mundo ainda enfrenta desafios logísticos decorrentes de choques recentes, como pandemias, conflitos e transições tecnológicas. Embora o sistema global tenha apresentado recuperação, gargalos permanecem, principalmente na Ásia e em setores de alta tecnologia.
Como elucida Ademir Pereira de Andrade, o Brasil sentirá reflexos diretos nos custos de importação, na disponibilidade de componentes e na competitividade das exportações. A economia brasileira depende fortemente do comércio exterior, especialmente no agronegócio e na indústria de transformação.
Se houver novas interrupções logísticas em 2026, os custos podem subir, pressionando margens de produtores e empresas brasileiras. Por outro lado, países que se adaptam mais rapidamente às novas rotas e fornecedores tendem a ganhar competitividade.
Transição energética e oportunidades para o Brasil
A transição para energias mais limpas é uma das maiores revoluções econômicas do século. Em 2026, setores ligados à descarbonização continuarão recebendo investimentos bilionários em todo o mundo.
Essa tendência abre oportunidades importantes para o Brasil, que possui uma das matrizes energéticas mais limpas entre as grandes economias. O país pode se beneficiar com:
- Expansão do mercado de biocombustíveis
- Crescimento da energia solar e eólica
- Novos investimentos em hidrogênio verde
- Valorização de créditos de carbono
- Atração de indústrias que buscam energia mais barata e sustentável
Essa área será uma das mais relevantes para quem busca inovar, diversificar investimentos ou empreender em 2026, menciona Ademir Pereira de Andrade.
Digitalização da economia e novos modelos de negócios
A digitalização global avança de forma acelerada, alterando mercados, profissões e cadeias produtivas. Inteligência artificial, automação e análise de dados movimentam trilhões de dólares e moldam a competitividade das nações.
Ademir Pereira de Andrade considera que a economia brasileira precisa intensificar investimentos em tecnologia para não perder espaço. Em 2026, empresas que adotarem digitalização terão maior produtividade, menor custo operacional e maior capacidade de inovar. Por outro lado, negócios que resistirem às transformações digitais podem enfrentar dificuldades crescentes.
A tecnologia também influencia o mercado financeiro, com o crescimento dos pagamentos instantâneos, criptomoedas reguladas, open banking e plataformas de investimento mais sofisticadas.
Como o Brasil deve se posicionar em 2026
O cenário global para 2026 será marcado por desafios e oportunidades, e como resume Ademir Pereira de Andrade, o Brasil precisa olhar para o mundo com visão estratégica, investindo em tecnologia, sustentabilidade, infraestrutura e capacidade de adaptação.
Entender as tendências internacionais é fundamental para tomar decisões de investimento, empreender com segurança e garantir posicionamento competitivo no longo prazo. Quem estiver preparado conseguirá transformar incertezas em oportunidades reais.
Autor: Fred Kurtz